O posicionamento do Cruzeiro estava bem organizado, a equipe trocava passes tentava concluir suas jogadas, mas perdia a bola com facilidade de frente a área adversária.
A equipe mineira acabou deixando espaços na área defensiva, se focou muito ao ataque com isso o San Lorenzo calou o Mineirão. Aos 9 minutos o time argentino saiu em contra ataque rápido, Correa cruzou para Mattos que tocou na chegada de Piatti, o jogador driblou e chutou com categoria para aumentar a vantagem do San Lorenzo.
Se reverter apenas um gol de desvantagem já seria difícil, dois gols de desvantagem seria uma situação muito complicada, o Cruzeiro teria que ir em busca do gol e não deixar espaços para o San Lorenzo que é um time muito rápido nos cotra ataques e se não tiver espaços é pouco ágil nas finalizações.
O time mineiro permaneceu trocando passes, a torcida se calou por alguns minutos mas logo voltou a cantar. Aos 26 minutos Júlio Baptista sofreu falta dentro da área e o árbitro mandou seguir, um pênalti claro que desfavoreceu o Cruzeiro.
A cada minuto que se passava mais o Cruzeiro sentia dificuldades, a equipe não conseguia driblar a marcação do San Lorenzo perdia a bola com muita facilidade, enquanto o time argentino criava as melhores chances da partida mesmo jogando nos contra ataques.
No último minuto do primeiro tempo todo o esforço do Cruzeiro parecia que seria compensado, em um lance inacreditável Moreno de frente ao gol chutou de qualquer jeito, a bola bateu na trave, correu pela linha do gol até que a defesa conseguiu tirar, enquanto o goleiro Torrico só acompanhou a trajetória tão perfeita da bola.
Os primeiros 45 minutos da decisão foi totalmente desperdiçado pelo Cruzeiro, a equipe pouco criou, valorizou muito a troca de passes, portanto não soube driblar, finalizar, apenas nos últimos minutos apareceu uma reação e ainda sim ficou apenas como um lance impressionante mas que não gerou o gol. Para o time argentino a primeira etapa foi de muita produtividade, o San Lorenzo jogou na marcação, soube aproveitar as chances que tivera e depois do último lance da primeira etapa a equipe se sentiu acompanhada pela fé do Papa.
No segundo tempo o Cruzeiro parecia estar mais ofensivo, ainda sofria com a ótima marcação do San Lorenzo e aos 7 minutos Egídio tocou para Ribeiro que deu lindo passe de calcanhar para Moreno, que chutou em cima do goleiro Torrico, no rebote Moreno tocou para Willian que chutou completamente impedido.
A postura do San Lorenzo era admirável, a equipe fazia uma marcação muito forte e ainda levava perigo pra área do time mineiro.
Aos 22 minutos outro pênalti não foi dado ao Cruzeiro, Moreno tentou alcançar a bola lançada por Willian, mas foi puxado por Buffarini gerando mais reclamações.
Depois de dois pênaltis não considerados, um gol anulado, bolas na trave, passando em cima da linha do gol e saindo para escanteio, aos 25 minutos todo o esforço do time mineiro conseguiu conquistar o gol de empate. Dagoberto cruzou para área, Bruno Rodrigo subiu e concluiu firme pra alegria dos torcedores.
Faltava apenas um gol para o time mineiro, os torcedores que já estavam desanimandos foram tomados pela emoção e o mesmo aconteceu com os jogadores, que precisavam jogar contra o tempo e tetar driblar a forte marcação do San Lorenzo.
Como toda emocionante decisão há discussões, muita rivalidade e até mesmo expulsões dessa vez não foi diferente. Após os jogadores do San Lorenzo terem mandado a bola para o atendimento de Villalb, no reinício do jogo Moreno não fez o feir play, sendo assim começou o empurra empurra. No final da confusão Romagnoli levou cartão vermelho e deixou o campo chorando.
A equipe mineira tinha a vantagem de jogar os minutos finais com um jogador a mais, sendo assim a marcação do San Lorenzo teria uma brecha, o Cruzeiro precisaria manter os pés no chão, deixar a empolgação de lado e jogar lembrando da classificação.
Nos últimos minutos a raça e a vontade do Cruzeiro foi acabando, a equipe mostrava-se cansada e a marcação do San Lorenzo continuou firme e forte até o apito final.
Parabéns ao San Lorenzo pela classificação, pelo ótimo futebol apresentado e pela defesa incessante, a equipe não deu espaços para o Cruzeiro, fechou o gol e mesmo não tendo a posse de bola produziu as melhores chances do jogo, enquanto o Cruzeiro foi surpreendido nos primeiros minutos com o gol do time argentino, fazendo com que o time se amedrontasse, fosse pouco produtivo, no segundo tempo poderia ter aproveitado mais as oportunidades, portanto a marcação do San Lorenzo prevaleu.
O Cruzeiro saiu aplaudido pela torcida, afinal o time foi pra cima, batalhou e tentou até o apito final, porém vontade não é o bastante para o futebol mas habilidade e produtividade também contam, infelizmente o último time brasileiro na Libertadores acabou sendo eliminado pelo surpreendente time do Papa.
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